CONCURSO CINEPOESIA - resultado


Realização Clube de Poetas do Litoral
Organização: Cláudia Brino

 

capa Waldemar Lopes
O projeto CinePoesia do CPL tem como objetivo apresentar filmes que foram adaptados de livros e a cada película exibida, os membros do Clube  ou visitantes elaboram impressões poéticas tendo como base cenas, trechos ou diálogos que os tenha emocionado.
Esse ciclo criativo que se inicia na literatura, passa pelo cinema e retorna às letras em forma de poemas denominamos CinePoesia. 

A partir desta ideia criamos o Concurso Nacional CinePoesia, cujas inscrições terminaram no  dia 29 de fevereiro de 2012.

Aproveitamos para agradecer a todos os participantes (de vários Estados),  a todos aqueles que através de blogs, sites e mala direta contribuíram para o sucesso desta nova jornada divulgando o Concurso. Valeu gente!

A Lista de Schindler - CINEPOSIA

CinePoesia 
da literatura para o cinema e de volta às letras em formato de poesia

poemas escritos baseados no filme A Lista de Schindler (autor do livro: Thomas Keneally)
 
 
 Generosidade e luta....
 Heroísmo e compaixão....
 No peito de apenas poucos...
 Somatória da conquista de todos!
 
  poema de Clara Sznifer 

A LENDA DO LOBO DO MAR - CINEPOESIA

CinePoesia 
da literatura para o cinema e de volta às letras em formato de poesia

poemas escritos baseados no filme A Lenda do Lobo do Mar 
(autor do livro: Jack London)




TEMPESTADE

O negror da noite amedronta.
Os raios insistentes
iluminam momento a momento
a imensidão.
Caem pesadas as águas nervosas
e no alto mar, o barco balança.
Sai do equilíbrio e do rumo.
Tripulantes estão irreconhecíveis
pela expressão de pavor
diante da possibilidade da morte.
Homens fortes, brilhantes de suor
e de olhares desesperados,
agarram-se à amurada
buscando salvação.


Xângo de Baker Street - CINE POESIA

CinePoesia 
da literatura para o cinema e de volta às letras em formato de poesia

poemas escritos baseados no filme Xângo de Baker Street (autor do livro: Jô Soares)


O silêncio das cordas

Ao som da orquestra de cordas
Embalando as noites sombrias
São violinos ecoando nas rodas
Vão abafando delírios de orgias.

O eco da música já não soa mais
Os stradivares observam sisudos
Ecoar o silêncio de cordas vocais
Musas presas em seus vasos mudos.

DOM - CINEPOESIA

CinePoesia 
da literatura para o cinema e de volta às letras em formato de poesia

poemas escritos baseados no filme Dom 
(autor do livro: Machado de Assis)

Há traição?
 
Bento se apaixona por Ana
Por Ana Bento se apaixona
Bento é amigo de Miguel,
De Miguel Bento é amigo.
Ana trabalha para Miguel,
Para Miguel Ana trabalha.
Bento fica com ciúmes,
Com ciúmes Bento fica.
Ana engravida,
Engravida Ana.
Bento desconfia de Miguel,
De Miguel desconfia Bento.
Ana morre em um acidente,
Em um acidente Ana morre.
 
poema de Valéria Rodrigues Florenzano 

O PERFUME - CINEPOESIA

CinePoesia 
da literatura para o cinema e de volta às letras em formato de poesia

poemas escritos baseados no filme O Perfume 
(autor do livro: Patrick Suskind)
 
 
Obsessão
                              
Mote
Quem ora soubesse
Onde o amor nasce
Que o semeasse.
(Luis de Camões)

Um gênio de olfato apurado
Domina a magia das fragrâncias
Com que propósito?
Quem ora soubesse
Onde o amor nasce
Que o semeasse.
Um jovem solitário e obsessivo
De hábitos excêntricos,
A captar o odor feminino...
Quem ora soubesse
Onde o amor nasce
Que o semeasse.
 
poema de Clara Sznifer

O Pequeno Príncipe - CINEPOESIA

CinePoesia 
da literatura para o cinema e de volta às letras em formato de poesia


poemas escritos baseados no filme O Pequeno Príncipe 
(autor do livro: Antonie de Saint-Exupéry)


 Na viagem...

Não compreenderam meus sinais.
Não entenderam minha mensagem.
Preparei então, grande viagem
procurando aprender cada vez mais.

No deserto pude, enfim, me encontrar.
Minha vida  passou a ter sentido.
Meu passado ficou esquecido.
Podia ver agora minha luz brilhar.

UNS BRAÇOS - CINEPOESIA

CinePoesia 
da literatura para o cinema e de volta às letras em formato de poesia

poemas escritos baseados no filme Uns Braços  
(autor do conto:Machado de Assis)


A sutileza de gestos compassados
Noite e dia acariciando sonhos.

No frescor de uma tez aveludada
Um convite sutil para o beijo.

Nos cuidados do afeto cotidiano
O consolo dos incompreendidos.

Pouco a pouco a inocência pueril
Mergulha no oceano da sedução.

Aonde anseios não satisfeitos
São guardados pelo tempo,

No livro da Vida....

poema de Clara Sznifer


 INÁCIO E SEVERINA

Vislumbrando sua imagem na janela
descobriu o olhar meigo da menina;
nasceu, então, o seu amor por ela,
tão bela e doce, a doce Severina.

Veio o sonho, impossível devaneio:
a loucura velada de um só beijo;
o sonho se desfez, ela é do alheio,
não tem ele o direito a esse desejo.

O corpo, hoje doído e a alma cansada
repousavam no leito tão soturno;
devagar chegou ela tão calada
no quarto desse silêncio noturno.

Calmamente, ela entrara sem bater,
recostou-se e a face dele ela tocou
e Inácio, no seu sono, sem saber
ganhou o beijo que sempre sonhou.
 
poema de Deise Domingues Giannini


Uns Braços

 Com seu sorriso gentil
Sorrateiro foi chegando
Foi entrando em minha vida
Consertou a persiana
Que estava emperrada,
Na janela da minha alma.
Como o sol aquece as flores
Aqueceu o meu coração.
Com o poder transformador
Uniu os fios da tomada
Que estavam em circuito
Consertou a resistência
Que me fazia prisioneira
De situações dolorosas
Devolveu o meu sorriso
Iluminou a minha face
A sua voz é macia
Como a cor da primavera
Em teus braços me aconchego
Na linguagem do amor.

poema de Edite Capelo  

INESQUECÍVEL - CINEPOESIA

CinePoesia 
da literatura para o cinema e de volta às letras em formato de poesia

poemas escritos baseados no filme  Inesquecível 
(autor do conto: Horácio Quiroga )


Corrompe a confiança
Insiste na negação.
Única forma de punição,
Matar ou morrer,
Em nome do amor

poema de Clara Sznifer

O MENINO DE PIJAMA LISTRADO - CINEPOESIA

CinePoesia 
da literatura para o cinema e de volta às letras em formato de poesia

poemas escritos baseados no filme O Meninino de Pijama Listrado (autor do livro: John Boyne )

O senso comum

Ao término da exibição
os assistentes abatidos e chorosos
olhavam-se incrédulos.
 
Toda a película exibiu horrores
e a crueldade desfilou incólume
ante o domínio do senso comum.
 
O martírio de milhares de segregados
mostrou-se apenas pano de fundo
indiferente, imutável e descolorido.
 

ORGULHO E PRECONCEITO - CINEPOESIA

CinePoesia 
da literatura para o cinema e de volta às letras em formato de poesia

poemas escritos baseados no filme Orgulho e Preconceito (autora do livro: Jane Austen)
 
 
 
Aonde está o amor?
Por vezes, corre na veia,
Escorre nas lágrimas,
Seca na boca a salivar.
 Outras tantas,vem dos descaminhos,
Do desprezo de um olhar,
De vocábulos tão ferinos,
E da chaga que arde sem parar.
 
Seriam sensações momentâneas,
De emoções imprecisas
A traçar dos amantes o porvir?


poema de Clara Sznifer